sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Uma simples caminhada...




Uma simples caminhada...

Nos dias atuais caminhadas não são usuais. E cada vez mais o senso de bom é não caminhar. Não estou falando daquelas com finalidade de exercício físico, estou falando daquelas funcionais. Ir para trabalho e utilizar seus pés como meio de transporte. Em Brasília então... Quase tudo conspira contra a caminhada, menos as paisagens, árvore...

Acontece que caminhar traz uma reflexão, aquele momento que vc se dedica aquela atividade e acaba vivendo ao seu redor, conhecendo locais e marcando visuais. Enfim, as caminhadas são de todo tipo. Sempre que viajo adoro apontar o nariz para um rumo e andar pela cidade desconhecida. São gratas as surpresas. Em Nova York cheguei na estação central e não sabia o que era. A sensação de inesperado torna o local turístico ainda mais interessante. O mesmo aconteceu em Buenos Aires e por aí vai.

Quando morava em Sampa e na Aclimação muitas vezes voltei do PT a pé pela avenida Liberdade. E me marca muito a sensação daquela caminhada. Um centro degradado e um congestionamento sinistro. O senso de velocidade era fenomenal. Simplesmente eu me sentia muito mais veloz que um carro, pois eles estavam em um mega engarrafamento. De que adiantava ter o carro e a pé chegava mais rápido. Me sentia poderoso.

Enfim, cada caminhada vai ser tranformando em uma grande e boa memória. Hoje eu tenho muita sorte de trabalhar perto do meu trampo. Ao mesmo tempo não uso como deveria as caminhadas, mas venho me esforçando. Durante muito tempo foi uma simples caminhada de casa pro trampo. Mas como sempre o simbolico tomou conta desses minutos.

Um belo dia estava jururu com a vida e nesses momentos fico saudoso dos bons momentos. E assim comecei minha caminhada para o trabalho. Eis que passo no prédio da FA na UnB e ali lembro de tantas passagens, do banco da praça, das disputas políticas, das aulas matadas, do CAPOL... bons tempos de início de UnB. Saindo da FA adentro o minhocão norte. Lembrei da minha sala de Antropologia, de Sociologia, FEB... das passagens em sala na greve, das mobilizações da pizza... até que caio no ceubinho e o momento mais marcante foi a assembléia de greve estudantil em 2001. 1300 estudantes e éramos simples dirigentes amadores... Lá reencontro o DCE e de passagem vejo o mural de fotos de nossas gestões em 2002/2003.

Chegando no UDFinho avisto a reitoria, meu atual local de trabalho. Assim que avistei o prédio olhei pra trás e pensei. Essa é a caminhada da minha vida. A minha história é resumida exatamente nesses 15 minutos de caminhada. Se hoje estou na reitoria foi pela militância iniciada na FA e no CAPOL, das salas do Minhocão reabrimos o DCE e de lá é como se pegasse um elevador pra São Paulo, onde fui da UNE e Secretário de Juventude do PT. Sem dúvida, a reconstrução do DCE que me abriu esses caminhos. Passado isso voltei a UnB e agora estou trabalhando na reitoria.

Depois desse dia a caminhada até o trabalho deixou de ser uma simples caminhada e virou um eterno relicário da minha vida.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Esse é meu Destino, porque é a minha Escolha

Esse é meu Destino, porque é a minha Escolha

Essa é mais uma história de amor a primeira vista, contudo essa é diferente das que conhecemos. Além dela ser uma paródia da vida real, ela também vai além das relações que conhecemos. É algo maior e diferente, mas que depende da paixão e do amor. Uma relação da vida concreta e que não necessariamente tenha um final feliz, pois nem toda história de amor foi feita para finais felizes. Ou ainda, esperamos um paraíso e insistimos em não perceber que ele não existe.

Uma história que carrega as contradições e confusões do ser humano. E acima de tudo das escolhas... Afinal, nosso destino é fruto de nossas escolhas, daquilo que fazemos ou deixamos de fazer, daquilo que pensamos ou deixamos de pensar, daquilo que concordamos e não concordamos... Contudo, jamais daquilo que é certo ou errado, pois isso é subjetivo! Nem toda escolha certa é certa pra todo mundo e nem sempre somos obrigados a fazer aquilo que as pessoas dizem que é certo. Transgredir, rebelar são escolhas, boas escolhas. Fundamental é buscar aquilo que te satifaça, te complete e que te faça feliz. Porém, essa busca não pode ser algo alienante, sem reflexão e irreponsável.

O amor talvez seja a maior busca de felicidade que realizamos por toda a vida. Por isso, as coisas que fazemos com a convicção da paixão são as maiores motivações que podemos ter. Não foi diferente com Noel, nosso querido personagem. Ele sempre foi tomado por esse sentimento quase incontrolável de buscar esse amor, contudo essa busca nem sempre depende só de vontade. Triste isso, bom seria que a vida e o amor fosse somente racional. Mas assim é a vida, a história provou que aqueles que acreditava que só a razão era instrumento de satisfação falhou. Por isso, compreender a dinâmica individual e respeitar cada uma delas é o ponto de partida. Assim, visões deterministas de certo e errado naufragam, ainda mais nessas relações de amor.

Desde cedo Noel via aquela garota rondar sua casa. Entrava sem pedir licensa e não tinha hora. E, impressionantemente, encantava todos e todas que a conheciam por ali. Verdade que causava brigas... Teve até gente que apanhou por causa dela, mas não achou ruim. Mas era cedo e Noel não conseguia entender, era quase um amor platônico, ou melhor, um complexo de édipo pós-moderno. Os olhos do menino Noel ficava vidrados com cada passo. Era fácil notar que dali sairia algo especial e que a vida desse pobre menino estaria entregue a esse destino.

Mas logo o que era amor platônico encontrou seu ódio, normal! E a garota apaixonante roubava de sua casa as pessoas que mais gostava por dias, semanas e até meses. Além de não entender sua paixão, Noel era obrigado a se distanciar de pessoas que tanto gostava. Talvez isso seja a origem desse tão grande amor e ódio. Não sei... Isso de fato só Noel poderia responde para gente.

Cansado dessa incomprensão Noel decidiu se apresentar a tal garota. Ainda muito novo, por volta de 9 anos, e tímido pensou várias maneiras de fazer isso, entretanto não conseguia decidir. Pediu ajuda ao seu Pai, que o sugeriu escrever uma carta, imediatamente considerou a ideia genial. Mas decidiu fazer uma carta diferente, uma carta que expressasse justamente aquele encanto que conheceu ainda criança. Pra resgatar esse encanto, buscou a opinião de muita gente e colocou na carta tudo aquilo que escutou. Mas o mais difícil foi entrega-la. Haja coragem!

Com a carta entregue a moça abriu um grande sorriso e disse: “Lindo! Tão novinho e já percebendo coisas tão complexas. Fará sucesso com as garotas”. Novamente nosso personagem foi acometido por uma relação de amor e ódio. Gostou da resposta, ao mesmo tempo não estava pronto pra aquilo.

Com isso, resolveu correr atrás. Não pra já, mas pra conquista-la no futuro. Tornou-se quase uma meta de vida. Queria estar presente em todos os lugares que ela estava, participava até de reunião. Sempre pedia pra sua mãe não deixa-lo de fora. E aí começou o problema.

Mesmo conhecido pela carta, Noel se transformou no “filho da fulana”. Assim que foi chamado desta forma por sua amada percebeu que estava trilhando um caminho errado e novamente foi acometido por aquela estranha sensação de amor e ódio. Queria nunca mais ver aquela garota, mas já tinha feito tanta coisa que tinha tornado quase que um obrigação. Além de ser o “filho da fulana”era quase um dever dele todos agora perguntavam, em tom de brincadeira, quando ele iria casar com ela. Até mesmo a própria incorporou esse tom. Foi terrível!

É importante parar aqui pra explicar uma característica importante de Noel. Nosso amigo parecia que tinha dois pares de asas, um desejo infinito no peito e um lado druida que não se calava. Sua vida era a base da liberdade e qualquer coisa que soasse obrigação ou controle trazia a maior repulsa possível. Fugia disso como diabo foge da cruz. Não se sabe o motivo, mas só sabemos que era assim.

Com isso, acumulava-se duas grandes frustações, sem falar no sentimento de obrigação que Noel acabou incorporando. Sendo assim, decidiu fugir daquilo que parecia ser destino. Ora, teria alguém tão novo um destino traçado? Claro que não, pois nosso destino é feito de escolhas. Quem leu o texto com atenção já sabe disso!

Foram longos anos de fuga, de novos conhecimentos, de novas vivências e experiências. O menino se tornava jovem. Conhecia cada vez mais a vida e carregava aquela história de amor como lição de vida. Estranhamente uma das escolhas de sua vida foi cursar psicologia, pois queria entender essa angústia que continuava a carregar mesmo depois de ter decidido se afastar. A verdade é que aquela garota nunca saiu da cabeça e do desejo de Noel.

Aos poucos, cursando a Universidade, foi percebendo isso. Vivendo novos ares, mudando de cidade e conhecendo as teorias viu que viveu algo forte e que tinha marcado sua vida. Eis que se abriu e buscou novamente aquela garota. Vou cotidianamente tentando reencontrar, mas parecia impossível. Ainda estava com medo, inseguro. Foi quando em sua nova cidade conheceu uma garota igual e de mesmo nome. Era como se fosse o primeiro encontro, Noel se sentiu em suas primeiras lembranças quando aquela moça adetrava sua casa encantando a todos. Não seria um encontro, mas sim um reencontro. Apaixonou-se e entregou-se!

Desta vez não tinha impedimentos, não era novo, não era filho e não era obrigação. Percebeu que ali poderia escrever em outro caderno a história que sempre quis escrever. E assim foi, uma relação intensa que começou num ingênuo primeiro encontro e se consolidou numa relação estável de entrega total. Não tinha nada que atrapalhava. Juntos buscaram corrigir seus erros, conquistavam pessoas mostrando a importância de se construir relações de amor verdadeiras e tiveram muitos bons momentos.

Mas como tudo na vida, nem só de bons momentos viveu essa relação. Muita gente desconfiava de tanta empatia e sintonia, outros simplesmente não concordavam com as ideias que defendiam juntos e ainda entre eles a relação por vezes deu sinal de desgate. Uns mais fortes, outros menos. Nisso foram quase 9 anos de relação incansáveis e de dedicação integral.

Eis que surpresas acontecem na vida, eis que a mãe de Noel falece e tudo começa mudar. Agora nosso amigo teria que voltar a viver, em alguma medida, com sua cidade natal, assumir outras responsabilidades e mudar parte de sua vida. Nessa volta pra sua cidade uma supresa sem tamanho acontece, Noel reencontra seu amor platônico. O que poderia ser um problema tornou-se numa surpresa inacreditável.

Chegando ao velório de sua mãe percebeu que seus dois amores não eram tão distantes assim. Noel jamais esperaria por esse momento e esse acontecimento. Assim que seu antigo amor platônico encontra seu atual amor surge um grande abraço e uma emoção incontrolável entre ambas. Parecia que se conheciam e não fazia pouco tempo. Atônito, Noel percebeu que ambas era idênticas, mesma cara e feição. Não poderia ser, como seria explicável isso?

Imediatamente exigiu uma explicação e foi surpreendido com a seguinte história: Ambas foram levadas pela mãe para duas famílias diferentes, pois a mãe não tinha condições para criar. Eram irmãs gêmeas e foram criadas por família diferente. A mãe, para tentar evitar a separação das duas,entregou ambas as famílias com o mesmo nome, pois assim seria mais fácil das pessoas que as conhecessem fizesse a relação. Contudo, Noel, entregue a decepção e a paixão, foi impossibilitado de perceber isso.

Após o emocionado encontro ambas passaram neste momento a cobrar Noel o fato de não ter as aproximado ou ter realizado o encontro. A cobrança foi enorme e a cada dia que passava aumentava. Ainda sofrido com a perda precoce de sua mãe Noel, que já tinha problema com cobrança, ficou acoado e se esquivava no falecimento de sua mãe para não tentar explicar. A verdade é que não tinha explicação, pois sua primeira desilusão, ainda muito novo, gerou quase um bloqueio que impediu tal reconhecimento. E ao mesmo tempo a paixão com a que encontrou a segunda irmã foi o suficente pra também cegá-lo.

Com todas as dificuldades ele começou cada dia mais se sentir incompreendido e eis que Noel se viu acometido novamente por aquela sensação de amor e ódio. Aquela sensação que tinha ficado esquecida na memória voltou a bater. A cobrança foi o estopim, mas não foram a principal razão. Sem dúvida diante de tantas mudanças, novidades e surpresas ninguém fica normal.

Mas Noel decidiu levar adiante até que as coisas se resolvessem, pois acreditava que o tempo daria jeito. Tinha a mais plena certeza que era só uma questão de momento e que, ao contrário de quanod mais novo, deveria enfrentar essa sensação de amor e ódio. Mas é verdade era que nada era como antes. Nem com o 1o amor e nem com 2o. Algo tinha abalado e não estava como antes. Muito se pensou e nenhuma explicação era suficiente para reverter aquelas necessidade de fuga que Noel carregava. Uns diziam que eram simplesmente cansaço, outros achavam que de fato a situação era incontornável e tinha caso perdido.

Pra mim Noel esteve confuso demais e começou repensar toda sua paixão. De onde vinha, que fez por elas e que tinha aberto mão. Uma coisa era verdade, ele foi apresentado por sua mãe que tinha acabado de partir. Isso certamente o abalou. Mas creio que o que mais o confundiu foi o fato de culpar, em certa medida, ambas paixões o afastamento de sua mãe. Quando mais novo seu 1o amor recorrentemente levava sua mãe para longe e roubava bons momentos de sua convivência. O 2o fez com que ele se entregasse de corpo e alma e roubou boa parte dos momentos que poderia ter vivido com sua mãe. Em meio a tantas explicações Noel não aguentou e simplesmente decidiu tomar a decisão que fazia que aquele momento dolorido, confuso e inexplicável acabasse.

Numa decisão difícil ele decidiu afastar-se das duas. E foi muito cobrado, afinal era o responsável não ter as unido antes, ou seja, era muito responsável. Ao mesmo tempo sofria, pois afastava-se de quase toda história de sua vida dedicada à busca de encontrar esse amor. Sem falar que sua maior confidente não estava mais lá pra o aconselhar.

Foi então que chamou as duas, que tinha o mesmo nome, e disse:

Militância,

"preciso de um tempo pra mim. Assim como da primeira ilusão, que depois de um tempo pra mim, me reencontrei em sua irmã gêmea, creio que me entregando a esse momento egoísta possa encontrar solução para meus conflitos e voltar a encontrar a paixão e entrega que sempre busquei. Mas agora me desculpe, não dou conta, não consigo!
Precisava falar isso, ser sincero. Faz tempo queria dizer, acho que inclusive perdi o tempo e o argumento, mas que pra mim, agora, que vale é a explicação. Eu sei, sei que minha explicação parece inaceitável. Fui eu que quis da primeira vez e sou eu que sonhei da segunda vez. Mas agora preciso fugir. Em toda história é nossa obrigaçao escolher um caminho e ser responsável por ele. Claro, existe consequências! Mas estou disposto a elas.
Não me avalie por essa decisão, sabes que temos uma longa história.
É claro que tanta experiência, vivência e afinidade é bom, mas do contrário a torna pesada e ruim.
E peço muito, Militância, me perdoa. Tenho certeza que vou me resolver! Assim como da primeira vez, não tenho dúvidas que te desejo e que és meu destino, pois é minha escolha."

sábado, 7 de agosto de 2010

impossível não notar

Sempre existe situações que insistem em repetir e que faz impossível não notar!
Hj quero falar sobre nossa geração... a ponta de lança de um pneu etário na pirâmide etária... aquela gordurinha!

Tenho 31 anos, faço 32 em dezembro, e pessoas com minha idade e até 5 anos mais velhas lembram de parte do que vou falar... Quando estávamos no primário as turmas iam até quase o R ou S... no médio era milhões de escolas e as melhores tínhamos que fazer prova... na universidade eram concorrências gigantescas e milhões de cursinhos... sem falar no número de universidade de esquina que surgiram... agora o número de pós, parece praga!

Isso certamente todo mundo notou! Que notei é outra coisa... O prologamento da vida na condição juvenil! 30 anos atrás com 25 no máximo 28 anos, em geral, vc já estava casado e quase com filhos... hj homens e mulheres estão solteiros e solteiras preparando novos desafios na vida.

Vivemos numa sociedade machista e que a proximidade com os 30 anos traz nas mulheres algo inesplicável... Umas nem percebem isso, passam ao largo da luta feminista... quem não casou, ta na beira por forçassão... muitas estão esperando a primeria chance pra fechar o ciclo, basta ser educado... Enfim, essa visão que mulher pode ficar encalhada é uma pressão social inútil.

Sei que Balzac tem uma conotação bem machista... contudo, se usarmos suas palavras no masculino e no feminino veremos que são sensações muito semelhantes, mas expressadas de outra forma.

Um homem de 30 e poucos anos a pressão social busca questionar a masculinidade... Em um mumdo que esses conceitos mudaram bastante e mostram que toda forma de amor vale a pena.

Enfim, o conservadorismo ainda subexiste em nossa sociedade! Mas é cada vez mais normal termos situações jamais pensadas de separação e relação. Acho isso um grande avanço da sociedade em crer no amor vivido e presente, não no forçado e imaginado. baita avanço!

Mas que mais percebo hoje são amigas que militam, que são referencias em determinados debate se tensionando ao chegar aos 30. Das mais variadas formas: das que ainda querem fazer muito, das que acham que já fizeram demais e das que ainda tentam, inconscientemente, se adequar o mundo normal.

Cada vez mais normal homens e mulheres com mais de 30 anos solteiros e solteiras. Isso é notório, ao mesmo tempo que as teses de Balzac se usadas em ambos os sexos são de uma vitalidade ímpar!

Sem dúvida é impossível não notar essa ansiedade, impaciência e velocidade da vida afetiva e não é problema, precisamos a aprender a viver com ela!

Enfim... um texto que começou de um jeito, foi para um lado e terminou quase no hemmisfério norte!

Viagens!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

1o Debate Presidenciáveis!

Esse ano é ano de Copa e Eleições... A Copa não levamos, mas começamos a criar a tradição e nosso ponto de encontro... Nas eleições vamos fortalecer ainda mais o Bar mais vermelho e Brasília, nosso querido Ole Olá!

Venha ver o debate conosco!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Enquanto isso na sala...

É a vida...

Um dia desse tivemos um encontro casual. Eramos 4 pessoas amigas, mas não tão próximas... Queridas demais, mesmo sendo recente boa parte dessa amizade. Uma madrugada divertida e inesperada. Engraçado... Hoje são pessoas tão queridas que uma conjuntura de fatores aproximou, ou melhor, um fator pessoa!

Nessa madrugada muita história rolou, em especial a história de vida de um dos presentes Não, essa pessoa não era egocêntrica pra contar sua história a toa! Foi um desencontro de informações sobre o passado. Dentre esse passado estava justamente Uberlândia, um local a ser lembrado com importância nesse impensável encontro de gerações.

Sim, podemos dizer que tínhamos ali quase 4 gerações, ou 3... Enfim, vidas vividas intensamente, com mais tempo ou menos tempo, mas de maneiras diferentes. A história de vida era justamente do mais velho e talvez por isso todos escutaram com muita atenção.

Pra mim marcou uma passagem... e até hoje penso sobre isso. Penso pelo fato de concordar... e ver isso na vida cotidiana. Já no fim da história nosso contador pergunta a idade de seus espectadores e afirma: - nossa, essa é a melhor idade!

Afirmou isso com uma convicção invejável e a partir disso chegou ao ponto que quero destacar. Em suas explicações deu destaque a vida afetiva, amorosa... e disse que depois de determinada idade nos tornamos menos exigentes. Achei isso fantástico... Realmente como somos exigentes quando mais novos! Exigentes com mundo, conosco e principalmente com nossas relações afetivas. Queremos e imaginamos a mulher perfeita, o homem perfeito, a relação perfeita, o paraíso, sonhos, viagens... E quanto tempo perdemos nisso.

Essa lição ficou registrada e gravada na memória, ao mesmo tempo isso acontecia comecei a perceber que essa exigência muda de jeito, mas não deixa de existir. Como seria isso? Bem, quando somos mais novos a aparência física, o status, a visibilidade, a opinião dos outros contam de maneira substancial pra suas relações. Pode aqui muita gente achar fútil, vazio ou não concordar... Mas isso sempre pesou um pouco.

Mais velho sua exigência muda, ou pelo menos pra maioria! A beleza já não vale tanto, o status pouco importa e outros valores deixam de ser importantes. Cresce a exigência por maturidade, segurança, carinho, confiança... Não estamos mais dispostos a joguinhos amorosos ou chantagens afetivas! Neste caso, as coisas que pareciam ficar menos exigentes tornam-se tão exigente quanto, e arrisco dizer que até mais. Passou aquele desejo de ficar por ficar, não se perde tempo. Aliás, isso talvez seja a pressão que muitas vezes nos força a entrar em determinadas relações. Santa Burrice!

Não vale a pena deixar de ser exigente, apesar de concordar que ela diminua. Vale a pena ser mais paciente, isso sim nos torna mais maduros e preparados. Pra isso creio que adicionar uma dose de racionalidade nas possíveis relações faz bem. Talvez a diminuição da exigência seja simples uso da racionalidade. Como não esperamos mais a princesa encantada que virá numa paixão, começamos a perceber mais a identidade e os valores como afinidade. Transformar a afinidade em desejo é o desafio, pois isso pode até começar com a razão... mas só terá sucesso se tiver desejo!

E nessa viagem de uma madrugada e de uma ideia que achei genial passei a filosofar... aliás sobre essas coisas ando fazendo muito e ontem pensei que até demais. Estou racional demais e tão seguro dessa razão que não estou aberto ao acaso. Analisando tudo no mínimo detalhes... Isso pode até ajudar os amigos e amigas, mas não está me fazendo bem. Acho que ainda estou muito calejado do termino meio traumático de minhas duas maiores relações.

Enfim, resta-me acreditar nessa história e deixar de ser tão exigente!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Por que não aproveitamos os maus momentos?

Por que não aproveitamos os maus momentos?

Tem dias que nada parece dar certo, as vezes semanas... meses... acho que anos não, mas quem sabe? Enfim, esses momentos são muito importantes para nossas vidas. Alguns não sabem aproveitar essas oportunidades que a vida, sempre, nos coloca. Digo isso pq existem várias maneiras para encarar esses momentos importantes em que tudo parece dar errado.

Geralmente essas situações aparecem logo depois de momentos em que vc estava se achando a pessoa mais sortuda, feliz, esperta... A dor da queda causa essas sequelas! Disse “achando” pelo fato de que nossa vida não existe paraíso e muito menos vc é mais legal ou bonito que ninguém. Ainda existe sua suposta racionalidade, que a maioria das vezes não é racional, pois ao invés de vc enxergar o mundo real vc cria uma realidade paralela. Todo mundo que se acha inteligente, legal, bonito ou qualquer coisa demais vive num mundo a parte. Nesse mundo a parte quase nunca tombamos ou temos péssimos momentos, por isso pensar assim é uma fuga ou defesa de se expor. Portanto, existem pessoas que nunca passam pelos momentos em que vou escrever e podem estar achando esse texto uma baboseira. Mas pra vcs que estão pensando assim eu aviso: Pare e Pense! A vida não será nunca um paraíso! Viva e deixe viver, se entregue, sofra, se abra e não ponha nos outros a culpa de seus maus momentos. Enfim, cada um escolhe sua melhor maneira de viver... Não estou aqui pra julgar.

Por a culpa pelos maus momentos nas outras pessoas é o segundo sintoma da fuga ou da defesa que criamos. Somos exatamente o que vivemos. Não existe destino e nenhuma situação estava fadada a acontecer. Cada segundo é de nossa estrita responsabilidade. Por isso, não culpe ninguém e muito menos o destino pelo coração partido, pela solidão ou pelo pneu furado. Foi vc que não correspondeu ao amor, foi vc que não se deixou envolver e, com certeza, foi vc que não levou o carro pra revisão. Encare suas escolhas, analise pra ver se fez certo ou errado, avalie e aprenda com que aconteceu.

É justamente o fato de fugirmos disso que prolongamos os tais maus momentos. Quanto mais botamos a culpa nos outros, no destino ou na vida a situação piora. Parece um ciclo sem fim e paulatinamente vai dominando toda sua vida. Bem, algumas pessoas simplesmente se entregam a isso e seguem isso por muitos anos. Por isso, talvez não seja absurdo em falar de anos em que nada dá certo!

As vezes esse período em que tentamos evitar chega de mansinho, dá sinais, mas simplesmente ignoramos... Parece que não queremos acreditar. Os sinais são dos mais variados e podem não ser tão claro. Podem aparecer na bagunça da sua casa e refletir no seu trabalho... Afinal, sua vida é uma só... Não existe a vida em casa, a vida do trabalho, a vida da namorada... Existe uma só e sua atitude em cada uma delas reflete em tudo. Já ouviu falar que um bater de asa de uma borboleta no Japão pode gerar um furacão nos EUA? Pois bem, é exatamente isso que acontece na sua vida. Portanto, cuide da sua casa, da sua saúde e de tudo aquilo que é importante pra viver melhor. E se não cuidar, posso dizer que cai tudo de uma vez.

Parece que estou dizendo que tudo é muito passivo e estamos fadados a isso. De certa forma sim, pois ninguém foge deles, mas de certa forma não, pois podemos estar melhor ou pior preparados pra enfrentar nossos conflitos. Comecei dizendo da importância de se viver essa bad vibe e é justamente na maneira em que vc encara que reside essa importância. Tenha paciência, nada mudará de uma hora pra outra. Não basta acordar um belo dia e dizer: “Já sei onde errei! Está tudo resolvido” Não, A vida é combate, que os fracos abate, diria um amigo meu... A vida é longa, complexa... Por mais que ela pareça curta e imediata. E se um bater de asa gerou um furacão, somente outro bater de asa poderá evita-lo! Por isso, vc só ficará livre desse furacão se começar a bater, de maneira diferente, a asa de borboleta e daí fazer o seu longo percurso. Cabe esperar, mas não se afobe não... Em pouco tempo percebemos as mudanças, mesmo que não sejam na velocidade que desejamos.

É certo que cada um tem sua maneira e seu jeito de começar a mudar o rumo dos ventos. Uns se fecham, outros se motivam a novas experiências, outros vivem mais as família, enquanto alguns preferem se expressar. Importante é perceber que sua alegria por enquanto te deixou. Mas não será a único e a vez que isso acontecerá , muito menos será eterno. Fundamental também é não se entregar, saiba sempre do seu valor, de suas virtudes... pra não deixar que sinta ainda mais dor. E é esse valor e essa virtude que vai te fazer superar, uma a uma, cada situação ruim em que vc se meter. Acredite, vc sairá ainda melhor e mais maduro de todas elas.

Reza lenda que os chineses tratam as crises assim, pois depois de superarmos saímos melhores, mais fortes e uma novo período melhor surgirá. Sendo assim, aproveite sua fossa, sua tristeza e sua angústia para que possa viver momentos ainda melhores e quando esses momentos surgirem prepara-se para cometer mais erros, pois é com eles que aprendemos e jamais estaremos imunes a eles. Sendo assim, diria o Teatro Mágico: “Camarada, viva a vida mais leve, Não deixe que ela escorregue, Que te cause mais dor...”

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quartas de Finais - Bem vindo a história de minha vida!

Bem vindo à história da minha vida

A história de nossas vidas é construída em cima de fatos, acontecimentos e pessoas marcantes. As vezes temos aquele estante que durou milésimos de segundo como um momento que durou minutos. Temos pessoas que passaram algumas horas junto com você e que serão lembradas para sempre. Bem como, dias que só existem uma vez... Assim construímos nossas memórias e, a maioria das vezes, a memória que cria aquele momento. Errado ou certo vivemos assim.

Posso dizer que estamos há algumas horas de entrarmos em nossas vidas, ou pelo menos de vocês entrarem na minha vida. Viver uma Copa do Mundo no Brasil é algo único. Por mais críticos que possam existir a Copa só se compara com Carnaval, mas este tem todo ano e Copa não.

É importante dizer que nossa geração, independente do que aconteça hoje, tem uma relação extremamente privilegiada com a seleção brasileira. Vivemos 2 títulos e 3 finais... Ao mesmo tempo podemos dizer que vivemos os piores momentos na Copa da Itália em 1990. Apesar de ser um dos piores momentos, essa Copa criou paradigmas que estiveram presentes em nossos títulos e que nos seguem até hoje... Quem não se lembra do Lazaroni, técnico do Brasil em 1990, falando da era Dunga. Tirando 2002, todos os anos tivemos Dunga. Ou seja, o Dunga, queira ou não, será uma pessoa marcante em nossa história de vida.

Contudo, não estou aqui pra falar de seleção, Dunga ou Copa. Estou aqui pra falar da história da minha vida e de que maneira vocês, hoje, entraram para eternidade de minhas lembranças. Assim como espero entrar na de muitas pessoas.

Assisti e lembro de muito pouco da Copa de 82, tinha 3 anos. Lembro somente da camisa do Zico rasgada. Depois fui ver que foi contra a Argentina e foi o Maradona que rasgou. Lembro mesmo é da Copa de 1986, no México. Era novo, mas fanático... Muito fanático! Posso dizer que dessa Copa em diante o futebol ficou extremamente marcado em minha vida. Lembro de quase todos os jogos, mas dois são especiais: o de abertura contra Espanha, gol do Sócrates e que teve um gol mal anulado da Espanha, e o jogo das quartas contra a França, que perdemos no penalty.

É justamente nesse jogo contra a França que vocês passam entrar na história da minha vida. Você deve tá se perguntando como assim? Ou dizendo: - Dessa vez o Pops endoidou de vez... Mas vou te explicar. Essa foi a primeira vez que vi o Brasil em uma quartas-de-finais de uma Copa do Mundo. Verdade que só descobri depois de um tempo que não existiam quartas em 1982... Pouco importa, pq também não lembro de muita coisa em 82. ( antes que brinquem, não era pq estava bêbado).

Você ainda deve estar pensando o que tem haver as quartas-de-finais contra França e entrar na história da vida do Pops? Bem, é simples... Desde esse jogo lembro com extrema clareza, alegria ou sofrer de tudo que vivi naquele dia e em todas as quartas-de-finais seguintes. Lembro onde estive, da sensação sentida, da comemoração ou do choro. Amigos que não vejo mais, pessoas queridas que não convivo mais, amores desfeitos... Enfim, uma infinidade de coisas e acontecimentos que marcaram minha memória e são vivas na história da minha vida.

Certeza que já tem um chato pensando: - mas em 1990 nos perdemos nas oitavas... Sim perdemos, mas lembro com detalhes da arrancada do Maradona e que o Alemão, volante veterano, não seguiu... Pior, lembro dos foguetes comprados pra comemorar junto com meu pai... Na derrota decidimos soltar e o primeiro deles estourou na minha mão. Nesse ano pensei: - sou azarado mesmo... Nunca verei o Brasil campeão. O trauma era grande!

Em 86 vi o jogo com a França na Chácara de minha vó e confesso que era fã do Zico. Lembro o tanto que gritei o gol do Edinho e como sai da casa chorando quando o Zico perdeu o penalty. Voltei pra lá quase uma hora depois, nem vi os penalty. Fui pro canto secreto que tinha por lá, canto reservado para meus momentos tristes. Mal sabia que me reservava a seleção brasileira.

Chegamos em 1994, um adolescente precoce... já bebia, pouco, mas bebia... Ninguém acreditava naquele time, só no Romário. Morava a contra gosto em Goiânia e meus maiores amigos eram de Brasília. As quartas foi o primeiro jogo que vim ver em Brasília. Saímos no famoso Tipo do Pedro Rollemberg, as pencas de macho, para casa de alguém do Marista. Chegamos lá tocamos o terror e quase fomos expulso. Fomos pra casa do grande Tio Ricardo, tio legitimo do Pardal, mas tio de consideração de todos nós. Quantas alegrias na sua casa... Mas nenhuma delas compara com essa. Aquele gol do Branco na Holanda em 1994 está entre as maiores comemorações da minha vida. Me lembro que não tinha força de ficar em pé... sentei no chão chorando... Do chão lembro de todas as pessoas, como se tivesse tirado um retrato daquilo... Um dia que é inesquecível em minha vida.

Em 1998 eu já era mais vivido e a casa da Tia Ana e do Tio Marcelo, pais do Andre, Marcela, Carlão e Pedro, foi nosso aconchego. Morava em Brasília, mas meio imaturo... Essas são as horas que posso ver um lado positivo de não ter minha mãe viva, pois ela não sofrerá com essas história. O caminho para a casa do Pedro era uma aventura sempre. Mas que marca mais e está grudado na memória é o gol da Dinamarca no início do jogo. Uma cobrança de falta rápida e mágica do Laudrup... Lance que sempre é lembrado em faltas rápidas. (lembra do nosso gol na DS no FSM em 2005 Bruno Elias?). Ganhamos por 3 a 2, mas nunca jamais nunca esse gol no início do jogo sairá da minha memória.

Com a dor da derrota inexplicável em 98 fomos pra Copa de 2002. Com a certeza que seríamos campeões. Estava na gestão do DCE... Sempre uma aventura surgia. A principal delas foi as quartas contra a Inglaterra. Se teve um dia que tivemos dúvida do título foi nesse jogo. Organizamos uma festa com jogo, que era as 4 da manhã, no Centro Comunitário da UnB. Projetamos o jogo na lona, no outro dia era todo mundo com pescoço doendo. Mas o marcante desse jogo foi o gol do Ronaldinho Gaúcho, que até hoje não sabemos se ele cruzou ou chutou... Pouco importa! Entrou! Pra nós foi meio chato, pois o áudio era da rádio e o grito de gol chegou uns 4 segundos antes da bola entrar! Enfim, mais um acontecimento inesquecível.

Na Copa do oba oba em 2006, achávamos que tínhamos o quadrado mágico... E caímos nas quartas contra a França. Essa talvez seja a memória mais simples de todas. Namorando, secretário nacional de juventude do PT, louco com a campanha do Lula... Não tive uma boa Copa e nesse jogo em especial. Briguei com minha namorada na época. Claro, pq queria ver o jogo animado e ela dando pouco valor. Enfim, vi o fiasco do Brasil sozinho em um quarto. Quando comecei a berrar, reclamando do time, ainda tive que escutar reclamação.

Estamos em 2010. Uma Copa polêmica para nós! Nunca tivemos um time tão vencedor e que ao mesmo tempo é tão criticado. Agora isso é o menos importante, uma nação inteira, a pátria de chuteiras quer ser campeã! Até o momento passamos por poucos sustos nessa Copa. Mas como já disse, a intenção aqui não é falar da copa e sim dos dias marcantes que formam a história de nossas vidas. Levando em consideração os últimos 24 anos, 6 Copas... Esse dia será marcante e inesquecível. Na derrota ou na vitória os momentos que viveremos em breve ficaram eternizados, ao menos na minha memória. Não sei quem eu encontrarei antes, durante ou depois do jogo... Só sei que teremos emoções ímpares. Sei que nos próximos anos terei um retrato de nossa comemoração , ou a clareza de um lance, ou um detalhe de uma transmissão, ou a solidão forçada na memória. Encontrarei muitos de vocês e a qualquer momento você estará gravado na história de minha vida.

Por isso, antes que eu me esqueça,quero desejar a todas e todos as boas-vindas e um grande agradecimento por estar presente neste momento inesquecível que chamas quartas-de-finais!

Como antecipei os agradecimento não custa desejar Sorte e força ao Brasil, para que a final da Copa consiga superar a alegria deste momento, mas sem jamais apagar isso que chamamos de quartas-de-finais!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um novo desafio!



Caros e Caras,

Hoje começo um novo projeto de blog. Muitos me perguntaram, nos últimos tempos, sobre meu antigo e sempre respondi que o tempo e o twitter decretaram seu fim. O tempo, pelas funções que assumi na Reitoria da UnB, e o twitter, pelo fato de reproduzir matérias interessantes neste microblog como fazia no blog.

Contudo, usava aquele espaço para multi funções. Uma delas era publicar textos meus sobre diversos temas. Os principais eram política e futebol, passando por alguns comentários sobre notícias e falando um pouco sobre minha vida. Na volta da minha viagem no início de 2009 tive vontade de ir um pouco além disso. Planejava escrever crônicas, contos e “causos” da minha vida cotidiana e das pessoas próximas a mim. Não simplesmente reproduzir o fato, o acontecimento... Baseado nesses fatos reais quero fantasiar, criar personagens e histórias que, além de narrar determinada situação que julgue interessante , mostre diferentes percepções sobre elas.

Essa é uma ideia que carrego faz um bom tempo, entretanto sempre tive barreiras para tentar concretizar. A primeira barreira é pessoal e intransferível, a minha vergonha de escrever. Apesar de me achar criativo e de imaginar histórias diversas tenho uma dificuldade em coloca-las no papel. Até aí muita gente tem também, mas a minha em especial é o medo de se expor. A exposição que estou dizendo é de fraqueza e no meu caso é fraco domínio da língua portuguesa. Trago comigo, ao longo dos meus 31 anos, um deficit de aprendizado em português. Quase reprovei meu 3o do ensino médio... lembro, como se fosse hoje, do meu 3,1 na prova de literatura que valia 5 e me levou aos famosos 49,5 em que o computador arredondava para cima. Posso dizer que não passei ou, usando o futebol, passei no tapetão. Desta forma, sempre travei em escrever. Certamente, vocês irão esbarrar com muitos erros aqui e por isso peço sempre a ajuda para corrigir e a compreensão. Espero ao menos compensar com a criatividade, pois esse é o motor que me incentiva escrever hoje.

A segunda barreira é minha ansiedade. As ideias pulsam na minha cabeça e nem sempre tenho a paciência com as palavras. Não sai claro, não consigo expressar e acabo desistindo. Textos como esses precisam de paciência pra encontrar as palavras, pra conversar com personagem e deixar tudo claro e objetivo. Pretendo dosar minha ansiedade, mas sei que é impossível doma-la. Tentarei ser melhor, entretanto tenho a certeza que não sou capaz de muda-la totalmente. Como posso afirmar também, sem medo, ela contribui, e muito, para formular minhas histórias.

A terceira barreira é o momento único em que as história brotam. Essa barreira é quase intransponível e será frequente. O grande problema desta é, aliada com as anteriores, que perco o momento de escrever quando ideias estão mais vivas. Ou seja, se não escrevo em determinado momento pela trava do português e perco a ideia ou as vezes fico tão ansioso em escrever e não consigo, que acabo abandonando o pensamento. Complexo não? Também achei, mas não consegui maneira melhor de explicar. Outro fator dessa barreira é de nem sempre poder parar e escrever no momento em que temos a ideia. Para isso, venho tentado anotar, mas perde-se a poesia viva daquele momento. Enfim, talvez esse seja o maior desafio.

Diante dessas dificuldades que vamos tentar, mais uma vez, criar um projeto de blog. Posso dizer que no anterior tive um carinho muito grande, principalmente por causa das pessoas que me diziam que entravam e gostavam. Não vou abandonar o antigo. Vou usa-lo para escrever textos de política e futebol, pois, pretendo voltar a escrever também. Mas será bem mais raro!

Assim começa aqui o “Vc quer vê, escuta!”! Com uma expressão bem goianês que expressa bem o desejo de contar histórias de nossas vidas. Entrem e espero que se divirtam com um pouco da minha e da sua história contada aqui...